O ESPIRITO SANTO COMO ENCORAJADOR
Em João, nos capítulos de 14 a 16, Jesus identifica o Espírito
Santo como"Conselheiro". Na tradução da Bíblia para o português, esta
palavra aparece como "Consolador".
Na língua original é "Parákletos"
que, frequentemente é
traduzida como "Encorajador". Keneth Nuest, em seu livro Word Studies
in the Greek New Testament, diz que a
palavra "Para" significa "ao lado de" e "Kaléo", "Chamar". Portanto, "ParaKaléo = Chamar ao lado de..." para apoiar, sustentar. Na época em que viveu o Senhor Jesus ela foi usada como
termo técnico para descrever um advogado numa corte
grega - alguém designado para apoiar,
defender o acusado. Com o passar do tempo, a palavra passou a significar alguém chamado para ajudar, aconselhar, apoiar, encorajar
e consolar. Esta é uma das grandes obras
do Espírito Santo em nossa vida.
Em cada uma destas passagens o Espírito Santo realiza um ministério específico:
João 14.16-17 - Habita conosco para sempre.
João 14.26 - Nos ensina todas as
coisas.
João 15.26 - Testifica de Jesus.
João 16.7 - Substitui a Jesus.
Em resumo,
o"Encorajador"é quem continua o ministério de Cristo na terra, habitando conosco, apoiando,
ajudando, motivando, dando
poder aos que crêem no Senhor Jesus.
PRATICANDO O ENCORAJAMENTO
Em 2 Co 1.3-4, Deus é o "Grande Consolador". Ele nos consola em nossas tribulações para que sejamos consola-dores,
encorajadores de outros que estejam passando por angústias.
Quatro motivos devem nos
impulsionar a exercer o ministério de encorajamento:
Glorificação de Deus
O encorajamento glorifica a Deus. Ao encorajarmos alguém, cumprimos o propósito para o qual
fomos criados — glorificar a Deus(Rm 15.5-6). Encorajamento faz parte do caráter de Deus e quando nós seus filhos,
demonstramos essa qualidade, refletimos a
sua glória em vasos de barro (2 Co 4.7).
Tarefa da Igreja
O encorajamento é uma ordem de Deus.
Esta é uma das tarefas da Igreja: Encorajai-vos uns aos outros (l Ts
5.11).
A Igreja e o lar
deveriam ser hospitais para os feridos,
angustiados, desajustados e desanimados. Para Evitar o Endurecimento
O encorajamento evita o endurecimento do coração. Como é fácil alguém endurecer-se pelo engano do pecado e cair na armadilha de Satanás! Uma palavra de encorajamento fortalece, anima. A tendência
do homem é ser crítico, áspero, impaciente; mas a ordem bíblica é, "pelo
contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de
vós seja endurecido pelo engano do pecado" (Hb 3.13).
Edificação do Espírito
O encorajamento edifica o espírito do homem. Um crente
da Igreja de Corinto foi disciplinado em razão
do seu pecado. Mais tarde, arrependido, quis voltar à comunidade. No entanto, a
Igreja tinha receio de recebê-lo novamente. Paulo escreveu a eles, exortando-os:
"Perdoai-o e confortai-o" (2 Co 2.7).
UM MODELO DE ENCORAJAMENTO
Incrustada na história da igreja primitiva do século I, existe uma ilustração, um modelo de encorajamento. Seu nome é Barnabé,
nascido em Chipre. Provavelmente o maior exemplo bíblico de encorajamento. Na verdade, Barnabé significa "Filho da Exortação"
ou "Filho do encorajamento",
conforme Atos 4.36.
A Igreja, em seu início, passava por sérias perseguições. Muitos enfrentavam grandes dificuldades materiais, devidas às perdas sofridas pela firme decisão
em confessar Jesus Cristo como Senhor. Surge então o Barnabé de Chipre e, espontaneamente,
vende uma propriedade, distribuindo tudo aos necessitados (At 4.37). Veja, como ele continuou
em outras oportunidades,
a exercer seu dom espiritual: At 9.26 e 27; 11.23-26; 15.36-41.
Reflita um pouco. Você conhece alguém que necessite de auxílio financeiro? Ou uma pessoa carente de aceitação
e comunhão dos irmãos? Você conhece algum "João Marcos" fracassado, cabisbaixo, que precise de uma palavra
de encorajamento, demonstração de confiança, um abraço? Quem sabe você poderá ser o
Barnabé na vida dessa pessoa!
Ao terminar, gostaria de encorajá-lo a ser um encorajador! Eis algumas
dicas práticas:
Procure ouvir
com atenção, sem responder precipitadamente (Pv 12.18; 29.20; 17.27-28; 13.3).
Responda com
brandura (Pv 15.1-4; 26.21).
Seja sensível, sempre procurando responder da maneira
mais adequada (Pv 18.13).
Seja diligente com sua comunicação verbal.
Encare a pessoa e preste constante atenção ao que
está sendo dito.
Fite-a, mesmo
que esta tente desviar o olhar.
Relaxe, seja
natural, descontraído.
Abrace, tem alguém que está precisando do seu abraço do seu conforto.
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