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sexta-feira, 21 de março de 2014

O encorajador



O ESPIRITO SANTO COMO ENCORAJADOR
Em João, nos capítulos de 14 a 16, Jesus identifica o Espírito Santo como"Conselheiro". Na tradução da Bíblia para português, esta palavra aparece como "Consolador". Na língua original é "Parákletos" que, frequentemente é
traduzida como "Encorajador". Keneth Nuest, em seu livro Word Studies in the Greek New Testament, diz que a palavra "Para" significa "ao lado de" e "Kaléo", "Chamar". Portanto, "ParaKaléo = Chamar ao lado de..." para apoiar, sustentar. Na época em que vi­veu o Senhor Jesus ela foi usada como
termo técnico para descrever um advo­gado numa corte grega - alguém desig­nado para apoiar, defender o acusado. Com o passar do tempo, a palavra pas­sou a significar alguém chamado para ajudar, aconselhar, apoiar, encorajar e consolar. Esta é uma das grandes obras do Espírito Santo em nossa vida.
Em cada uma destas passagens o Espírito Santo realiza um ministério es­pecífico:
João 14.16-17 - Habita conosco para sempre.
João 14.26 - Nos ensina todas as coi­sas.
João 15.26 - Testifica de Jesus.
João 16.7 - Substitui a Jesus.
Em resumo, o"Encorajador"é quem continua o ministério de Cristo na terra, habitando conosco, apoiando, ajudando, motivando, dando poder aos que crêem no Senhor Jesus.

PRATICANDO O ENCORAJAMENTO
Em 2 Co 1.3-4, Deus é o "Grande Consolador". Ele nos consola em nossas tribulações para que sejamos consola-dores, encorajadores de outros que es­tejam passando por angústias.
Quatro motivos devem nos impulsio­nar a exercer o ministério de encora­jamento:
Glorificação de Deus
O encorajamento glorifica a Deus. Ao encorajarmos alguém, cumprimos o pro­pósito para o qual fomos criados — glori­ficar a Deus(Rm 15.5-6). Encorajamento faz parte do caráter de Deus e quando nós seus filhos, demonstramos essa qua­lidade, refletimos a sua glória em vasos de barro (2 Co 4.7).
Tarefa da Igreja
O encorajamento é uma ordem de Deus. Esta é uma das tarefas da Igreja: Encorajai-vos uns aos outros (l Ts 5.11). 
A Igreja e o lar deveriam ser hospitais para os feridos, angustiados, desajus­tados e desanimados. Para Evitar o Endurecimento
O encorajamento evita o endureci­mento do coração. Como é fácil alguém endurecer-se pelo engano do pecado e cair na armadilha de Satanás! Uma pa­lavra de encorajamento fortalece, ani­ma. A tendência do homem é ser crítico, áspero, impaciente; mas a ordem bíbli­ca é, "pelo contrário, exortai-vos mutu­amente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pe­cado" (Hb 3.13).
Edificação do Espírito
O encorajamento edifica o espírito do homem. Um crente da Igreja de Corinto foi disciplinado em razão do seu peca­do. Mais tarde, arrependido, quis voltar à comunidade. No entanto, a Igreja ti­nha receio de recebê-lo novamente. Paulo escreveu a eles, exortando-os: "Perdoai-o e confortai-o" (2 Co 2.7).

UM MODELO DE ENCORAJAMENTO
Incrustada na história da igreja pri­mitiva do século I, existe uma ilustração, um modelo de encorajamento. Seu nome é Barnabé, nascido em Chipre. Pro­vavelmente o maior exemplo bíblico de encorajamento. Na verdade, Barnabé significa "Filho da Exortação" ou "Filho do encorajamento", conforme Atos 4.36.
A Igreja, em seu início, passava por sérias perseguições. Muitos enfrentavam grandes dificuldades materiais, devidas às perdas sofridas pela firme decisão em confessar Jesus Cristo como Senhor. Surge então o Barnabé de Chipre e, es­pontaneamente, vende uma proprieda­de, distribuindo tudo aos necessitados (At 4.37). Veja, como ele continuou em ou­tras oportunidades, a exercer seu dom espiritual: At 9.26 e 27; 11.23-26; 15.36-41.
Reflita um pouco. Você conhece al­guém que necessite de auxílio financei­ro? Ou uma pessoa carente de aceita­ção e comunhão dos irmãos? Você co­nhece algum "João Marcos" fracassado, cabisbaixo, que precise de uma palavra de encorajamento, demonstração de confiança, um abraço? Quem sabe você poderá ser o Barnabé na vida dessa pes­soa!
Ao terminar, gostaria de encorajá-lo a ser um encorajador! Eis algumas dicas práticas:
 Procure ouvir com atenção, sem responder precipitadamente (Pv 12.18; 29.20; 17.27-28; 13.3).
 Responda com brandura (Pv 15.1-4; 26.21).
Seja sensível, sempre procurando responder da maneira mais adequada (Pv 18.13).
Seja diligente com sua comunica­ção verbal.
Encare a pessoa e preste constan­te atenção ao que está sendo dito.
 Fite-a, mesmo que esta tente des­viar o olhar.
 Relaxe, seja natural, descontraído.
Abrace, tem alguém que está precisando do seu abraço do seu conforto.


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